Fig. 1 Pare e cheire as rosas, leia uns bons livros...⠀ |
Olá, pessoas! Não, a primeira publicação de março não vai ser a minha TBR do mês (mas ainda vai sair esse post e muitos outros, se tudo der certo, rs). Eu estava precisando comentar sobre um outro assunto primeiro.
Eu estava desde o dia 27/01 com esse post em rascunho pra começar a escrever (sem brincadeira), e até agora não tinha conseguido parar pra fazer isso. Não sei se isso aconteceu por algum tipo de medo de encarar realmente essa meta que eu me propus no fim do ano, medo de levar isso a frente de verdade, medo de refletir sobre como isso me afeta pra valer... Talvez todos esses medos e mais um pouco.
Eu tenho dessas coisas de ficar arrumando desculpas pra não fazer as coisas, pra procrastinar... "ah, precisava pesquisar melhor isso aqui" e nunca pesquiso, nem nunca faço. Pois bem, decidi agora - depois de assistir esse vídeo do Tavião (abaixo) - apenas começar a falar escrever.
Parece que de uns tempos pra cá o assunto de vício em internet, celular, redes sociais, tem sido bastante abordado. Bom, eu que não acompanho nenhum canal de notícias sério (não me orgulho disso, apenas tenho dificuldades nisso), consegui reparar que isso está mesmo acontecendo. Muita gente tem comentado sobre essa questão (justamente nessas redes sociais, rs) e foi por isso que no fim do ano passado eu estava animada em tentar fazer essa experiência de reduzir o meu uso de redes sociais/celular/internet.
Eu comecei o ano de 2018 realmente animada em testar isso e como ia ser essa experiência, com o intuito de compartilhar aqui com vocês os meus resultados. Enrolei até agora pra fazer e já tava até meio que desistindo da meta, mas o vídeo do Tavião me reanimou (obrigada, Tavião, tamo junto!). Toda essa conexão com o mundo me deixa realmente muito desconectada de mim mesma e das pessoas que estão a minha volta (me desculpem). É bem estranho admitir isso, mas é verdade.
Vamos aos relatos:
Já não me recordo mais das datas exatas em que comecei o experimento, mas sei que houveram duas ou três vezes (considerando que já estamos no terceiro mês do ano, foram bem poucas tentativas, né?). Uma delas foi quando eu fui passar um final de semana na praia com a família do meu namorado. Foi logo no comecinho do ano, a banda dele tinha marcado de passar o final de semana lá ensaiando e eu pensei: por que não tentar agora? Parecia a oportunidade ideal. Não ia ter nem Pokémon GO pra eu jogar (porque não tinha nada por perto dentro do jogo, rs). Então eu consegui uma pessoa pra ficar cuidando da minha conta pra mim enquanto eu estivesse lá (desculpa mundo, mas eu não podia deixar de pegar meus bônus diários - será que não podia mesmo? Mais uma questão, mas fica pra outra hora) e fui começar a minha jornada sem celular. Confesso que eu estava me sentindo bem esquisita. É MUITO ruim a sensação que dá quando você, assim, do nada, simplesmente resolve que vai ignorar a existência do celular. Parece que tá faltando algo, não me sentia completa. Fui tentar fazer as coisas pela casa e interagir, sentar pra comer algo no café da manhã e... não consegui sentar, a princípio, sem o celular no meu bolso. Mesmo sem olhar, estar com ele por perto me trazia algum nível de conforto. Ou de segurança. Eu estava lá, me esforçando e tentando viver o momento, mas completamente agoniada por dentro. Fiquei sem usar o celular sim, mas também fiquei extremamente irritada. Ao fim do dia eu tava exausta e uma bomba em pessoa. Acabei descontando na pessoa mais próxima e que obviamente não tinha nada a ver com isso: meu namorado. Eu tava me sentindo bem fracassada naquele momento e resolvi contar a ele da experiência sem celular que eu estava tentando fazer e que estava me afetando bem mais do que eu esperava. Mas, sim, apesar disso eu consegui sentar com a família na sala, assistir ao ensaio, tentei ler (apesar de estar completamente sem concentração tanto pela falta do celular, quanto pelo barulho em excesso, rs). E a minha tentativa durou apenas um dia do final de semana. No dia seguinte (ou foi na mesma noite?) eu me rendi e voltei a conversar com meus amigos nos grupos, recuperei um pouquinho da minha sanidade, tentei evitar o celular o máximo que pude, mas não me proibi mais. Tinha sido demais pra mim.
A segunda experiência que eu fiz foi em um outro final de semana na praia, dessa vez com a minha família. Em um território mais familiar talvez tenha sido mais fácil. Nessa segunda vez eu evitei as redes sociais apenas, mas joguei o meu Pokémon GO sim porque tinha um pokestop bem na calçada do ladinho de casa e não dava pra ignorar. Tentação demais, rs. Nesse final de semana também foi mais fácil de encarar a meta porque teve cerveja. E com cerveja (pra mim) fica tudo mais fácil. Esse talvez seja um outro problema, mas é mais uma questão pra um outro momento (minha psicóloga vai amar ler esse post, rsr socorro). Me lembro de ter passado um dia tranquilo na praia, fui ao mar com todos, voltamos e eles fizeram churrasco (eu fiquei lá com meu queijinho rs) e me deram cerveja. Levei até o notebook pra frente de casa pra colocar algumas músicas que todos gostassem (e não só eu). Vivi aquele momento com todos e não foi tão difícil assim quanto da primeira vez. A partir de então eu comecei a tentar evitar o celular e, principalmente, as redes sociais nos finais de semana em que eu passava assim com outras pessoas, em lugares que não fossem a minha casa. E eu não morri, nem matei ninguém.
Só que o verão acabou e esses finais de semana fora também. E eu caí de novo na minha rotina normal e tinha esquecido dessa promessa até hoje. E hoje? Bem, hoje eu e o meu namorado comemoramos 2 anos de namoro. Ele é a pessoa que mais sofre com esse meu vício, vive reclamando que eu não escuto, que parece que eu não to presente ou tão presente assim, e eu queria fazer algo pra mudar isso. Não é que eu não escute exatamente (na minha opinião), só que eu sou distraída demais. Já não basta ser pisciana, né? Ainda tem que ser viciada em internet e tecnologia. Então eu resolvi vir aqui, finalmente, e deixar claro (pra mim mesma, até) o meu comprometimento e seriedade em encarar essas minhas dificuldades. Vou me comprometer a tentar de novo. Mesmo. E, dessa vez, seguir as dicas que a minha psicóloga me deu. Vou fazer tentativas menores e mais graduais. Vou começar a tentar ficar uma hora ou algumas horas sem celular e vou continuar compartilhando minhas experiências com vocês. Aos poucos quero ir aumentando esse tempo, até conseguir - quem sabe - me sentir mais segura e menos ansiosa de viver nesse mundão aí de forma mais presente.
Ah, mas o que isso tudo tem a ver com leitura? Bem, vocês já pararam pra pensar na quantidade de tempo que a gente "perde" nas redes sociais só olhando notificações, rolando feed atrás de feed? A Jout Jout também já falou sobre isso e eu lembro que fiquei realmente assustada. Se a gente deixar, acabamos ficando aprisionados. E se tem uma coisa que eu não quero, é me sentir assim. Cade aquele tempo que a gente tirava pra ler sem se sentir agoniado por não estar olhando uma notificação na hora que ela chega? Lembra de uns 15 anos atrás, quando a internet era discada e a gente tinha o dia todo pra fazer outras coisas? Ler, ver TV, interagir com as pessoas de maneira analógica... Talvez isso ainda seja possível de alcançar. Minha intenção é voltar a viver um pouquinho naquele mundo. Respirar. Parar e cheirar as rosas.
Então, vamos viver! E que cada novo dia seja um novo recomeço, uma nova chance de nos tornarmos pessoas melhores. Até a próxima!
Lembra do mantra do NSE? Restrição gera compulsão. É muito legal essas experiências pra gente para pra observar e se conhecer melhor mesmo, entender o que está acontecendo e porque, mas isso não significa que precisamos voltar a idade da pedra e morar todos em cavernas rs Aqui em casa temos a dinâmica da caixinha do celular que é usada por algumas horas por dia, principalmente quando queremos passar mais tempo juntos curtindo a casa, assistindo algo, conversando e nos finais de semana para descansar, querendo ou não a tecnologia cansa e a gente nem percebe. O negócio é achar a sua fórmula, que faça bem pra vc e pro seu namorado, pq provavelmente se não faz bem pra ele também te afeta de alguma forma, vão experimentando até encontrarem algo que faça sentido pra vcs.
ResponderExcluirAdorei a ideia da caixinha do celular, de repente ajudaria aqui também. Acabou que ainda não fiz novas experiências, o tempo passa e eu acabo esquecendo desses detalhes D: mas acho que não tive novos grandes problemas com isso também. Talvez eu esteja já mais controlada/cuidadosa e não tenha percebido.
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ResponderExcluirhttps://pt.wikihow.com/Controlar-o-Uso-do-Celular
ResponderExcluirAqui tem algumas estratégias que podem ajudar (novamente são sugestões que funcionam pra algumas pessoas, não precisa fazer todas, mas de repente tem alguma que nunca pensou)
Uma coisa que me ajudou a começar o processo foi usar um app que me dizia quanto tempo eu usava o celular e cada aplicativo e eu percebi que realmente era MUUUUITO mais do que eu imaginava (chutando alto).
Vou dar uma olhada no link, obrigada, moça <3 Fiquei curiosa com esse app aí ;o mas ao mesmo tempo tenho até medo de descobrir essas coisas. aspifhasipd
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