terça-feira, 6 de março de 2018

Lovecraft: A cidade sem nome #300diasdelovecraft

Fig. 1 H.P. Lovecraft: medo clássico 1, ed. Cosmic Darkside. Lido em 28-02-2018.

Continuando com a leitura conjunta #300diasdelovecraft que eu já comentei aqui, organizado pela @juliannevituri e pelo @bomdialivros, o conto do mês de fevereiro foi A cidade sem nome.


Fig. 2 H.P. Lovecraft: medo clássico 1, ed. Cosmic Darkside. Arte A cidade sem nome.


Sobre o conto / Opiniões

A cidade sem nome conta a história de um explorador que encontra uma cidade abandonada, em ruínas e dita amaldiçoada. Ele começa a explorar a cidade e a identificar alguns padrões arquitetônicos que podem ou não indicar alguma coisa sobre quem vivia ali. Seriam humanos? E o conto segue narrando suas experiências temerosas e ao mesmo tempo muito corajosas enquanto descobria pormenores arqueológicos da cidade, que se tornavam mais aterrorizantes sob a luz da lua e com a presença de ventos vindos de uma corrente estranha aparentemente trazida com as mudanças do dia para noite e da noite para o dia. Esse vento passava por uma caverna obscura, grandiosa e cheia de mistérios.
"Morto não está o que pode eternamente jazer,
E com éons estranhos até a morte pode morrer." p. 32
Fig. 3 H.P. Lovecraft: medo clássico 1, ed. Cosmic Darkside. Conto A cidade sem nome.
Minha opinião: Bem quando eu já estava levemente desanimada com essas leituras, uma vez que muita gente comentou que o estilo do Lovecraft era aquele mesmo que eu não gostei muito em Dagon, de não descrever direito as coisas, de tudo ser proveniente de algum tipo de loucura e tal... Esse conto acabou me animando bem mais! Gostei mais das descrições aqui. Não sei se por ter encarado a cidade como o terror principal, sem esperar nada muito além disso - porque já estava considerando a ambientação bem assustadora dessa vez - apesar de ter sido menos fantasiosa que a  do conto anterior. Gostei do toque científico e questionador do protagonista. Ele tinha medo, mas ao mesmo tempo era despertado pela curiosidade científica de descobrir o que tinha ali, quem vivia ali etc. Além disso, foi um personagem que se atentava para os acontecimentos naturais, buscando sempre entender e justificar tudo o que acontecia de estranho ao redor. Achei que foi um conto fantasioso, sim, mas bem mais pé no chão, mais ficção científica. O que acabou tornando o terror, pra mim, mais real. 

Ambientação

Bom, caso você não consiga encontrar uma cidade abandonada, um lugarzinho esquecido no mundo cheio de areia e ventos esquisitos para ler, vou te contar como eu consegui me ambientar melhor para  essa leitura aqui da minha cama mesmo, rs.

Em mais uma das minhas pesquisas pela trilha sonora perfeita, encontrei essa playlist aqui no spotify. Lovecraft Noir (dark ambient and noir-jazz). A-D-O-R-E-I cada minuto dela. Uma coisa bem dark e pesadinha pra ajudar a se afundar no universo lovecraftiano. Dessa vez não procurei nada em outros cantos, mas deu pra ouvir aqui quase 100% de boas mesmo sem estar com o premium (mas agora já tá tudo sob controle, rs). Apenas algumas pequenas interrupções de propagandas, que agora tá dando pra passar. Ufa!

Espero que gostem e consigam aproveitar a leitura da melhor forma possível.

E nos próximos capítulos...

Em março leremos o primeiro conto maiorzinho do livro (36 páginas na edição Lovecraft da Darkside), Herbert West Reanimator. Se eu to animada? To siiim! Doida pra ver agora como vai ficar a profundidade da história com um conto maior. Vamos embarcar nessa juntos? Até lá!

2 comentários:

  1. Lindo, lindo, lindo! Deve ser sensacional, bom pra dar aquela escapadinha! quero muito ler esse também

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    1. Já li outros contos e esse continua sendo o meu favorito até o momento, recomendo ler ele mesmo que isolado mesmo. Daqui a pouco posto mais resenhas de contos <3

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