quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Bate papo: precisamos falar sobre flop (e também sobre dinamicidade da vida, imprevistos e mudança de foco)

Oi, gente! Tudo bem?

Antes de comentar sobre os meus lidos do mês passado e metas para esse mês eu queria parar pra conversar um pouquinho com vocês sobre como eu me senti no mês de julho. E, sim, o assunto envolve flop.

Fig. 1 Leituras e "flop" de julho.
Pra quem não conhece o termo, flop vem da língua inglesa e em tradução literal significa: fracassar. O termo foi adotado pelo pessoal do mundo literário de forma a refletir a situação de propor algo e não cumprir, basicamente. Por exemplo, quando nós estipulamos metas e não as cumprimos. "Cuidado pra não flopar", "Ih, flopei" são frases com o termo aportuguesado e flexionado como verbo que a gente costuma ouvir por aí.

Mas por que eu to falando disso? Bom, julho era o mês de férias da maioria das pessoas que estudam ou têm trabalhos convencionais, logo, muita gente organizou várias maratonas e projetos literários. E eu? Fiquei louca querendo participar de quase tudo, como sempre, e acabei participando (tentando) de muitos projetos de leitura. Teve maratona literária (participei da #Fantastona2018 e ainda tava de olho em várias outras), teve leitura conjunta (alô #TBRJulho2018#LendoComAJully e o meu próprio #ProjetoTerraMedia), tiveram encontros de clubes de leitura na cidade... E, sim, eu queria fazer tudo.

Mas eu tenho férias? Tenho trabalho convencional? Como é minha rotina? As respostas são: não, não e louca, respectivamente. Dessa forma eu tinha a receita pronta para o famoso flop. E eu sabia disso? SABIA! Mas eu tava tão animada que quis tentar mesmo assim. Fiz posts bonitinhos com a organização e promessa de tudo, sempre brincando com a possibilidade do flop — que eu sabia que era bem real —, mas queria dar chance ao acaso. Tava tudo lindo e divertido no começo, até que o prazo da Fantastona estava acabando e o desespero bateu. O flop veio, eu fiquei triste (pois é) e — o pior — sem vontade de ler mais nada.

Não era pra ter sido assim, eu me preparei (ou achei que tinha me preparado) psicologicamente pra qualquer resultado. Mas acabou sendo inevitável. Não era exatamente uma ressaca literária, era só um desânimo mesmo, mais pra uma desilusão literária. Logo eu que vivo em mundos de fantasia e estava justamente numa maratona de livros desse gênero que tanto amo. Eu amei os livros que li, mas a vida embolou de uma forma que a rotina não permitiu que eu focasse na leitura naquele momento. E aí, no meio do mês, eu tive que abrir mão de várias outras leituras e rever o meu foco. 

Foi quando eu percebi que o meu foco no momento não era mesmo leitura alguma. Era uma atividade que eu faço fora desse mundinho literário e que estava me completando de uma maneira diferente e única. Pra quem não sabe, sofro com ansiedade e voltei a praticar Taekwondo como forma de me ajudar nisso. Era algo que eu gostava muito no passado, mas que estava abandonado na minha vida. Tive a oportunidade de voltar a treinar no ano passado, mas "flopei" rsr justamente por conta dos meus problemas com a ansiedade. No começo desse ano eu resolvi dar mais uma chance e consegui treinar de forma contínua, finalmente. Para concluir essa etapa eu quis me preparar para o exame de faixa, que ocorreu no último dia 29/07. Para isso eu precisava realmente dedicar mais tempo à prática e consequentemente sobrou menos tempo para os livros nesse período. Justamente no mês em que tinha mais projetos literários, rsr.

A lição que fica é: às vezes nossas prioridades podem mudar radicalmente e pode parecer que a gente falhou em alguma coisa, em algum momento, por conta de planejamentos prévios. Mas isso não significa que falhamos! A vida é dinâmica mesmo e muitas vezes precisamos improvisar (minha psicóloga vai ficar orgulhosa se ler isso, rsr). 

Eu sei que pode parecer óbvio pra quem lê, mas na minha cabeça não é tanto, porque tem horas que não sou assim tão racional. Muitas vezes nos deixamos levar por emoções que não refletem de fato a realidade. E eu tenho um problema seríssimo com improvisos... Muita gente tem me elogiado pelo blog ou instagram sobre a minha organização. A verdade é que talvez ela seja mais uma forma de evitar AO MÁXIMO o improviso, e isso é algo que eu ainda preciso trabalhar muito. 

O fato é que: eu posso ter flopado nas mil leituras que me propus para julho, mas ainda assim eu li 5 livros e cheguei em 33 livros lidos no ano. Estou começando agosto faltando apenas 3 livros para cumprir a meta que eu estipulei no começo do ano (vide Fig. 1) e isso É ÓTIMO! Além disso, minha ansiedade tem estado mais controlada (é claro que oscilações existem, mas eu — na maioria das vezes — consigo lidar melhor) e consegui passar para a faixa azul ponta vermelha! E isso pra mim NÃO TEM PREÇO! É uma vitória ENORME e me emociona estar aqui vivendo esse momento.

Então é isso, espero continuar buscando um equilíbrio entre os "meus mundos", que outras conquistas venham e que eu saiba lidar melhor com a dinamicidade da vida e os eventuais improvisos.

Até o fim dessa semana eu volto com os meus resultados do mês e o "planejamento" de agosto.

Mas e vocês? Me contem aí como lidam com improvisos e flops da vida! Aceito dicas!

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