terça-feira, 1 de maio de 2018

As Três Marias, Rachel de Queiroz, Dia da Literatura Brasileira

Olá, pessoal! Hoje eu resolvi enfrentar meus medos (sim, ainda tenho receio de escrever resenhas de livros considerados muito importantes), mas vamos lá!

Em homenagem ao Dia da Literatura Brasileira eu vim aqui enaltecer uma obra literária nacional. Trago então uma resenha do livro As Três Marias da Rachel de Queiroz, mulher nordestina e primeira grande escritora modernista da literatura brasileira. Essa edição foi enviada pela @taglivros para os seus associados na caixinha de novembro de 2017. Eu li em fevereiro desse ano numa maratona literária e fiquei muito tocada pela leitura!

Fig. 1 As Três Marias - Rachel de Queiroz. Edição @taglivros 11/2017. Lido de 17/02 a 22/02/2018.


Fig. 2 As Três Marias - Rachel de Queiroz.
Edição @taglivros 11/2017 e baralho
literário em homenagem a autores nacionais.
Sinopse

"Maria Augusta, Maria da Glória, e Maria José: inseparáveis como as estrelas da constelação de Órion. Embora carreguem sonhos e desejos individuais, as três amigas compartilham os medos e as incertezas da juventude, durante o internato, e os dilemas da vida adulta, quando trilham caminhos paralelos. Com uma habilidade magnífica, como descreveu Mário de Andrade, Rachel de Queiroz utiliza-se de uma envolvente história para eternizar o papel da mulher como protagonista."

Sobre o livro / Opiniões

"Moça, jovem, só a Virgem Mãe adolescente do caramanchão; e, sendo de louça, tinha mais ar de vida e humanidade que aquelas outras mulheres de carne, junto de mim." p. 11
A história fala de três meninas chamadas Maria que fazem amizade na infância, quando estudavam juntas em um colégio de freiras. Se trata de um livro de memórias em parte autobiográfico, narrado pela Maria Augusta.
"Mas, que nos importavam os muros, a prisão mais fechada e mais alta? Nós tínhamos as nossas estrelas." p. 67
A narrativa fica cada vez mais envolvente, mesclando o início da vida adulta das Marias com memórias de uma infância conservadora e bem reclusa. O livro trata dessa questão mostrando pontos de vista diversos e experiências de vida que envolvem as diferentes protagonistas femininas, o que eu achei bastante enriquecedor e único. Não é um livro que prega verdades, mas que desperta uma reflexão geral sobre a vida enquanto mostra diferentes vivências, oportunidades de vida, apoios, sofrimentos e escolhas.

Fig. 3 As Três Marias - Rachel de Queiroz.
Edição @taglivros 11/2017, interior.
"Vidente de má sorte, só previa os golpes para os sofrer antecipados, e cada dor que os outros contam como só uma, duas vezes a feria: antes e depois." p. 82
"Basta uma pessoa se fechar com os seus pensamentos para colocar entre si e nós toda uma fronteira, com soldados, limites, e um mar desconhecido separando." p. 167
"Como se as coisas ruins não fossem apenas ruins - sem poesia nem beleza. Mesmo o grande pecado, o de seu pai, será realmente pecado? Você o olha como a um réprobo, e chora e reza por ele. Ele vive como pode. Por que o julga? Quem sabe, neste mundo, onde estão os culpados? Quem sabe mesmo se há culpados?" p. 185
Por fim, é uma leitura muito emocionante e com um toque bem feminista, apesar da autora não ter se considerado uma. Gostei bastante da leitura e recomendo demais! A escrita é muito bem trabalhada e elogiada, inclusive, por grandes nomes da literatura nacional, mas de forma alguma é uma leitura cansativa.

E você, já leu alguma obra dessa grande escritora? Qual o seu escritor nacional favorito?

2 comentários:

  1. Não precisa ser feminista para ser feminista né? <3 Muito bom histórias com mulheres fortes! Fiquei curiosa. O baralho é lindo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é! psahfapihsd Fica a lição! O baralho foi o mimo da TAG que veio junto com esse livro, achei ele super legal mesmo. =D

      Excluir