Terror: do que você tem medo?

Oi, gente! Tudo bem por aí? A vida tem que seguir, né? Então vamos lá!

O Halloween tá chegando e eu vim aqui conversar um pouquinho sobre o gênero literário e cinematográfico que está dominando o mês de muita gente: o terror.

Me diz aí, você é fã do gênero ou essa não é muito a sua vibe? Tem muita gente que tem medo, né? Eu entendo. Mas do que você tem medo? Como você lida com ele? Você gosta de sentir medo ou prefere evitar esse sentimento? Qual é a sua história com o terror e como foram os seus primeiros contatos com o gênero?

Vou falar um pouco de mim, da minha experiência com o terror em diferentes mídias e tentar responder essas perguntas. Bom, desde criança o terror me desperta o interesse. Eu era louca para assistir todos aqueles filmes de terror que passavam na TV. O Cine Trash com Zé do Caixão, os filmes do Brinquedo Assassino que passavam no SBT... eram todos meus maiores desejos e desafios, mas o meu pai não gostava que eu assistisse, então assisti bem pouco. :( Tudo bem que quando eu conseguia assistir era certo que eu teria pesadelos a noite, rsr mas sabe quando você gosta mesmo assim? Parecia um desafio mesmo! E eu amava toda a adrenalina envolvida. Acho que é isso o que o terror me desperta e motivo pelo qual eu gosto tanto do gênero. 

Depois de grande eu continuei curtindo esses filmes, mas a experiência é completamente diferente. Hoje eu gosto de assistir pra rir, rs. É bem difícil algo hoje conseguir me deixar com medo ou um pouco mais tensa. Então minha vida é uma busca por esse algo que me desperte esses sentimentos, que me desafie mais uma vez.

O primeiro livro de terror que lembro de ter lido foi um da coleção Vaga-Lume, "Doze horas de terror" de Marcos Rey. Não lembro muito da história, mas lembro bem do sentimento. De como eu ficava absolutamente vidrada com a leitura e queria muito buscar mais daquilo. Mas eu ainda era nova e não tinha muito acesso a leituras variadas, era só o que eu encontrava pela casa (por sorte meu pai era um leitor ávido e ler se tornou uma caça ao tesouro pra mim, saía explorando o que aparecesse pela frente rs só não tinha como sair escolhendo muito) e na biblioteca da escola.

Agora, se for pra dizer do que exatamente eu tenho medo, acho que dá pra dizer que tenho medo do desconhecido. Quando era criança eu tinha muito medo de histórias supostamente reais envolvendo alienígenas e, parando pra pensar, acho que isso reflete o desconhecido mesmo. Talvez por essa razão eu busque tanto conhecimento (bem ET Bilu rsr). Acumular livros, leituras, conhecimentos, discussões, a minha paixão pelo mundo da ciência, tudo leva a isso! E eu juro que estou chegando a essa conclusão nesse momento, enquanto escrevo! É ISSO, QUE LOUCO! Inclusive um dos filmes que mais me abalaram na vida adulta foi "Contatos de Quarto Grau". Querendo ou não, quando bem abordado, ainda é um tema que mexe comigo. E o livro que estou lendo no momento para a #Creepytober2018, "Caixa de pássaros", também tá mexendo muito comigo porque trata de um medo do que não se pode ver. 👀

Uma dica que eu dou pra quem quiser começar a se aventurar pelo terror é tentar descobrir do que você tem medo e diferenciar do que você tem fobia. De repente tendo isso em mente é melhor de começar a explorar algumas obras. Eu, por exemplo, tenho fobia de baratas e sei que preciso evitar a todo custo qualquer coisa que tenha menção a elas, imagem, desenho, qualquer coisa. Não consigo lidar, simples assim (por favor, não me provoque ou faça piadas que incluam imagens desses seres bizarros, isso é sério!). Inclusive passei muito mal uma vez que conhecei a ler um quadrinho de terror e descobri durante a leitura que a última história era sobre baratas. Estou falando de "Creepshow" do Stephen King. Mesmo amando terror, essa experiência, sim, foi sofrida. E não é brincadeira. Então se você tem uma fobia, não aconselho explorar ela dessa forma. Mas se for um medo sadio, acho ótimo! Arrisque sim, se desafie e descubra até onde você pode ir. ;)