Discurso "Faça Boa Arte", Neil Gaiman e um ano de blog!

Olá, pessoal! Como vocês estão?

Hoje eu estou super feliz porque o blog está completando UM ANO de vida! Uau! Parece que foi ontem que eu comecei a escrever aqui, completamente perdida (não que eu ainda não esteja), sem saber direito o que fazer (não que agora eu saiba), com medo de escrever e desapontar (não que eu ainda não tema)... Tanta coisa mudou! (será?).

Fig. 1 Livros, marcadores e decoração em comemoração de um ano de blog.

Sendo bem sincera, comecei o blog cheia de expectativas e ao longo desse tempo precisei aprender a gerenciar melhor todas elas para não afundar e desistir. Eu sou uma pessoa super ansiosa, talvez vocês já tenham percebido isso. A maioria das coisas pra mim é 8 ou 80. Talvez por isso quando eu escrevo sobre um livro eu realmente consiga passar a empolgação que estou sentindo, porque é exatamente como me sinto lendo. Com o blog eu tive que reduzir bastante as expectativas porque talvez essa não seja a mídia mais fácil de se trabalhar hoje em dia. Convenhamos, não é todo mundo que tem tempo para parar e ler uma resenha enorme, a não ser que tenha um interesse bem específico. Eu notei que é muito mais fácil as pessoas mostrarem interesse por outros tipos de publicações, e passei a incluí-las no conteúdo que produzo, como TAGs, TBRs, maratonas, lista de livros de qualquer tipo, unboxings (faço sempre nos meus stories do instagram, que agora estou compartilhando também nas histórias da página no facebook) e a última descoberta de sucesso foi com cosplays. Aprendi a variar o conteúdo e isso me ajudou até a ter um conteúdo mais constante aqui no blog e no IG.

Eu ainda tenho muitas dúvidas, claro, mas aprendi muito com as amizades do mundo literário que fiz nesse meio tempo, toda a convivência que eu - aos pouquinhos - fui adquirindo. Uma pessoa levando a outra, um grupo aqui, outro ali, muitas maratonas e participação em sorteios, quando fui ver tinha um círculo de contatos com todo mundo unido se ajudando (porque lidar com o algoritmo das redes sociais para conseguir ter algum alcance na internet definitivamente não é fácil).

Aprendi a não me frustrar por não conseguir parcerias com as editoras que eu tanto sonho, mas de vez em quando até já aparece um autor ou outro rondando e passando livros e isso é muito legal. Eu não tenho parcerias fixas, mas tenho amigos que me apoiam desde o primeiro momento. Desde que o blog era só uma ideia vaga. Tenho suporte da minha terapeuta que me ajudou a crescer tanto em tantos sentidos! Tenho uma família que tá sempre presente, curte e compartilha tudo o que eu faço, mesmo sem entender direito o que eu to fazendo, rsr. E só tenho a agradecer a toda essa rede de apoio. MUITO OBRIGADA MESMO! 

Um dos livrinhos que eu li no mês passado, que comprei no dia da mulher numa promoção já citada, foi O discurso "Faça Boa Arte", de Neil Gaiman, e ele também me ensinou a superar muitas coisas. Com esse discurso eu percebi que todas as frustrações que eu tava sentindo eram porque eu estava fazendo algo esperando algum retorno, desde curtidas e comentários, até uma possível parceria. Percebi que eu precisava fazer as coisas para mim e por mim. Eu tinha que me satisfazer com aquilo, senão não faria sentido algum. A partir daquele momento a minha cabeça mudou. Tá, não mudou instantaneamente também, mas foi um começo (e de lá pra cá só tem um mês - quase). 

Fig. 2 O discurso "Faça Boa Arte" - Neil Gaiman e um ano de blog.

Pra quem não conhece o livro, ele é uma transcrição do discurso que o Neil Gaiman deu para os formandos de uma universidade de artes da Filadélfia (University of Arts) em 2012. A edição é toda trabalhada no design interno, todo em tons de teal e vermelho, com tipografias e formas de textos diferentes e bem fora do padrão (não sei os termos técnicos, me desculpem, mas é lindo!, pode confiar). É uma leitura super rápida e feita realmente para fazer refletir. O livro começa dizendo "Este livro é para todos que estão olhando ao redor e pensando: e agora?" e eu pensei imediatamente: é pra mim!

Eu não sou escritora, não sei se considero que eu faça algum tipo de arte (que era o público alvo do Neil Gaiman aqui), mas consegui me identificar a meu modo com a mensagem que ele passou. Eu não consegui separar nenhum quote durante a leitura porque a vontade era destacar o livro inteiro. Ele é inteirinho cheio de conselhos, dicas, reflexões e boas ideias. Mas acho que o que mais me chamou atenção foi:

"Espero que você cometa erros. Se estiver comentendo erros, quer dizer que está por aí, fazendo coisas. E errar pode acabar sendo útil. Certa vez escrevi Caroline errado em uma carta; inverti a posição do A e do O e pensei: "Coraline parece um nome de verdade...""

"A vida às vezes é dura. As coisas dão errado, na vida e no amor e nos negócios e nas amizades e na saúde e em todos os outros aspectos que podem dar errado. Quando as coisas ficarem complicadas, é assim que você deve agir: FAÇA BOA ARTE. É SÉRIO."

O meu choque quando eu descobri que Coraline foi um erro! Quero errar assim também, rsr. Mas acho que a ideia geral é: vida que segue, né, migos? Vamos viver, vamos errar, mas vamos fazer boa arte sim! Sempre à nossa maneira! Não importa que arte seja essa.

Até breve e obrigada por me acompanharem até aqui!