segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Taxação em cima dos livros? #DefendaOLivro

Oi, gente! Tudo bem?

Na última semana tivemos notícias não tão boas na política para os nossos amigos livros, então estou bem chateada e preocupada. Vocês estão acompanhando as notícias sobre o projeto de reforma tributária que prevê taxação em cima dos livros?

Fig. 1 Ilustração do livro "Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban" com aluna de Hogwarts pronta para batalha ao lado de uma pilha de livros a serem salvos. Em cima, caneca com frase "o livro era melhor".

Pois é, isso levantou muitas discussões por aí, surgiu o movimento #DefendaOLivro e eu não poderia estar de fora dessa!

Não tenho propriedade para falar em detalhes sobre economia ou política, mas conheço bem o valor que têm os livros e como cidadã me sinto no dever de falar em sua defesa. Além de servir como entretenimento (que costuma ser o meu foco por aqui), eles também têm valor cultural, são fonte de conhecimento e PRECISAM ser acessíveis a todos. Essa já vem sendo uma questão complicada, porque não é o que vemos acontecer. Mas ao invés de vermos surgir projetos que diminuam a desigualdade e facilitem o acesso aos livros, acontece o contrário. Não podemos deixar que a taxação dos livros seja aprovada!

📚 O que personagens literários fariam diante de uma situação dessas?

Fig. 2 Seleção de livros de onde saíram os
personagens defensores de livros, fundo com ilustração
da Hermione e caneca "o livro era melhor".
Para descontrair e inspirada em publicações de amigos (@sweetroll_books e tag que vi @queriaaquelelivro e outros respondendo nos stories), resolvi escolher alguns personagens que acredito que estariam na linha de frente em defesa dos livros:

  • Hermione - série Harry Potter
  • Irene - série A biblioteca invisível
  • Lazlo - Um estranho sonhador
  • Dirk Gently - Agência de investigações holísticas Dirk Gently

Tenho certeza absoluta de que a Hermione estaria revoltadíssima nesse momento e agilizando para montar a "Armada" em defesa dos livros. A Irene; que já vive em defesa dos livros, em busca de raridades entre ordem e caos/lógica e magia; se uniria contra essa atrocidade. Lazlo Estranho, bibliotecário sonhador e amante de histórias, a princípio não acreditaria nesse pesadelo, mas seria criativo na hora de defendê-los. Dirk Gently, detetive holístico que já viu de tudo um pouco, com certeza nos ajudaria a desvendar tudo o que está por trás desse ataque ao mundo do conhecimento.

Mas na vida real os personagens somos nós, então o que podemos fazer para defender os livros? Acredito que, no momento, precisamos nos manter informados e atentos, usar a nossa voz nas redes sociais com a hashtag #DefendaOLivro e assinar o abaixo assinado que está rolando em defesa aos livros (clique aqui e assine).

E aí, o que estão achando dessa situação toda? Que personagens literários acham que melhor defenderiam os livros?

Um comentário:

  1. Eu acho que Hercule Poirot defenderia os livros, pq é neles que ele buscava refúgio quando seu cérebro precisava ser exercitado e ele não tinha casos pra resolver (se bem que na maioria das vezes ele lia livros policiais e sempre adivinhava o mistério antes de chegar ao final e costumava zombar um pouco do seu conteúdo rsrs). Me fez lembrar de outra personagem da Agatha, a Ariadne Oliver, que era uma escritora de livros policiais e ajudante do Poirot em alguns casos. Com ctz ela defenderia, já que é a sua profissão e foi baseada na própria Agatha.
    Anyway, ao invés de taxarem livros, podiam pegar essa energia e criar mais incentivos fiscais para as editoras, principalmente pra publicação de autores nacionais. As secretarias de cultura podiam se aliar as editoras para descobrir novos autores e co-financiar a publicação de suas obras. Nosso acesso aos livros sempre foi limitado, e a menos que vc tenha um incentivo de base, dificilmente é algo que vai cair no seu colo. Aqui em Campos dos Goytacazes, a biblioteca do IFF ainda é melhor do que a própria biblioteca municipal. Que doideira né? Literatura deveria ser matéria obrigatória nas escolas. Triste saber que ser um leitor é um privilégio. Tive o privilégio de ter pais leitores, o privilégio de ter litatura incentivada na escola fundamental (todo ano a gente lia um paradidático e tinha que escrever um livro completo também, e olha que era uma escola evangélica. Ensinavam muita besteira e preconceito, mas devo a eles grande parte do meu gosto por escrever) e o privilégio de ter estudado no Iff e ter acesso aquela biblioteca maravilhosa. Se não fosse por aquele lugar, eu nunca teria descoberto... Agatha Christie, e agora meu comentário se fecha numa rima perfeita e não planejada kkkk

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