segunda-feira, 1 de julho de 2019

Resenha "De lagarta a borboleta" + bate papo sobre zona de conforto e autoconfiança

Oi, gente! Tudo bem?

Hoje eu vim falar de um livro que sai da minha zona de conforto e, portanto, é bem diferente dos livros que costumo falar por aqui. Ele se chama "De lagarta a borboleta: um caminho para a transformação interior" e foi escrito pelas autoras Maria Salette & Wilma Ruggeri.

Fig. 1 De lagarda a borboleta - Maria Salette & Wilma Ruggeri. Lido em 29-05-2019.

SOBRE O LIVRO

Esse é um livro bem simples que faz uso da metamorfose de lagarta em borboleta como metáfora para as nossas próprias transformações durante a vida. É bem reflexivo e visa o autoconhecimento.

O livro, em si, tem a escrita super simples e mastigadinha, o que deve facilitar a leitura para leitores não tão assíduos também.

CONTEXTO DA MINHA LEITURA: ZONA DE CONFORTO

Por muito tempo tive preconceito com livros de "autoajuda", então para mim esse livro estava totalmente fora da minha zona de conforto mesmo. Já tem um tempinho que venho tentando me libertar desses preconceitos bobos e me abrir mais para coisas diferentes, só que às vezes ainda me falta aquele empurrãozinho. Eis que a oportunidade surgiu quando a minha psicóloga me recomendou esse livro no meio de uma sessão. Aceitei o empréstimo prontamente, claro, e com muita satisfação comecei a leitura, em busca de respostas ou pelo menos uma outra forma de entender o meu momento. De repente tinha algo ali que eu precisava ouvir, e não deu outra.

Vocês costumam fazer esse exercício de sair da zona de conforto e se abrir para o novo/diferente?

OPINIÃO

Como eu não estou acostumada a esse tipo de leitura, confesso que no começo muitas coisas me incomodaram, tanto pela leitura às vezes puxar para um lado religioso (que é facilmente ignorável, para os que também se incomodam, mas pode ser um plus para quem se identifica), quanto pela forma de escrita do livro esmiuçada demais.

É do meu costume automaticamente transformar em analogia para situações da vida qualquer coisa que eu leia (que na maioria das vezes é ficção). Por isso ler uma história simples, seguida de uma explicação resumida do que foi dito, seguida mais uma vez de uma descrição de como aplicar isso na vida foi um tanto quanto redundante e cansativo. Mas em alguns momentos necessário, confesso.

A metáfora utilizada no livro também não é das mais originais, porém foi muito certeira. No geral achei que foi uma experiência válida e extremamente reflexiva, o que é bastante positivo já que esse era o objetivo.

Fig. 2 De lagarda a borboleta - Maria Salette & Wilma Ruggeri. Interior do livro.

Alguns dos pontos que o livro toca foram bastante dolorosos para mim durante a leitura. Mexeram com muitas questões que preciso trabalhar em mim. Nesses momentos eu agradeci por ter o tema apresentado de forma bem mastigada, pois me ajudou a digerir certas coisas. Por mais que algumas coisas sejam simples racionalmente, nem sempre a gente tá pronto para lidar com aquilo emocionalmente, né? É dessa forma que o livro mexe com a gente e, na minha opinião, é o que torna ele especial.

Em alguns momentos eu precisei parar para refletir ou simplesmente esperar para ler em outro momento, pois era muita coisa para lidar de uma vez só. Isso não significa que o livro tenha uma leitura densa. A leitura é simples, curta e leve, mas aborda temas que podem ser difíceis de lidar, tais como: obstáculos, transformações, amadurecimento, tomada de iniciativa, desapego e por aí vai.

O livro tem apenas 75 páginas, mas foi capaz de mexer muito comigo. Tamanho não é documento, não é mesmo?

Recomendo a leitura para todo mundo que estiver precisando repensar a forma de lidar com a vida, seja pelo motivo que for. É uma leitura que ajuda nas questões de autoconfiança, motivação, desapego, traçar metas, paciência, auto respeito, dentre outros.

DISCUTINDO O TEMA: AUTOCONFIANÇA

Fig. 3 Do livro à reflexão: autoconfiança.

Vamos falar de tema difícil? Vamos. Aproveitando o tema do livro, queria bater um papo com vocês sobre a famosa:
autoconfiança
sf
Confiança em si mesmo.
ETIMOLOGIA
voc comp do gr autós+confiança.
AKA. aquilo que não tenho, nem nunca tive.
Li o livro tentando imaginar em que estágio da metamorfose das borboletas eu me encontrava. Terminei pensando: acho que estou (ou já estive) em todas, menos na da borboleta em si, porque nunca consegui me libertar para seguir uma meta plenamente e só voar. Mas é mentira, lógico, já dei meus voos, já me arrisquei, mas tenho dificuldade para reconhecer esses voos como válidos. Autoconfiança sempre me faltou. 

Quando li estava achando extremamente difícil deixar de ser lagarta, principalmente sair do casulo. A leitura falava sobre aceitar o meu tempo como lagarta e ter confiança para sair do casulo e alçar voo. Isso é muito difícil para mim. Mesmo que eu estivesse dentro do meu casulo, ter forças para sair é muito complicado. Sinto que preciso de ajuda para absolutamente tudo e é difícil demais aceitar que certas coisas a gente precisa fazer sozinho, para ganhar forças. Assim como as borboletas não conseguem voar se alguém facilitar sua saída do casulo. São tantas questões... Olho para o céu e tudo me parece inalcançável demais.

Semanas depois da leitura e depois da minha última grande aventura no mundo real, que foi minha primeira tentativa de voo depois de uma grande fase dentro do casulo, percebo como voar também não é fácil. Cada estágio dessa metamorfose tem a sua dificuldade e tudo é um grande processo. Percebi que comecei a me cobrar demais depois de ter dado esse passo e as coisas continuam difíceis. A ansiedade continua aqui. 

A verdade é que nada acontece por mágica. É preciso que cada fase seja respeitada, assim como o processo que leva de uma fase a outra. Tudo demanda tempo e cada um tem o seu. Agora, por exemplo, é tempo de tirar o blog do casulo também. Espero conseguir voltar a ficar mais ativa por aqui. Também espero continuar trabalhando essas e outras questões internamente e compartilhando minhas reflexões com vocês, porque é algo muito importante para mim. E torço para que vocês continuem acompanhando as minhas fases porque "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante".

Me contem se vocês costumam fazer esse tipo de leitura, o que vocês pensam sobre os temas abordados e se tem outras boas dicas de leitura para dar.

Até a próxima!

8 comentários:

  1. Mto orgulho de vc! Somos lagartinhas dentro do casulo mas umas patinhas já estão saindo! Adorei o texto! A metáfora eh clichê mas o que vale eh o que tiramos disso! Seguimos juntas!

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    1. Ahhhh, muito muito muito obrigada, moça! E é isso aí mesmo, aos pouquinhos vamos abandonando nosso casulo. Tudo no nosso tempo. ^^

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  2. Faz muito tempo que não leio livros assim, eu desgostei um pouco. Mas achei esse tão interessante e pelo visto, acho que cairia bem para mim, para o momento que vivo.
    E gostei por ter uma escrita simples e mais fácil e mesmo assim saber tocar naquilo que precisamos, por isso é preciso essas pausas que você teve durante a leitura.
    Gostei muito dessa dica e vou anotar para futura leitura.

    bjs

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  3. Pois é menina, fico feliz que tenha se dado a oportunidade.
    Eu até acho que alguns livros tidos como auto ajuda são muito mais experiencias a serem compartilhadas e isso sempre é válido.
    Sou o tipo de pessoa que prefere sempre aprender com os erros e acertos alheios, uso muitas histórias como referencia na hora de tomar decisões.
    Hoje em dia parece que ninguem quer pensar ou olhar dentro de si, ficam presos sonhando com a vida de famosos e querem que tudo aconteça como um passe de mágica na própria vida. Se esquecem que é preciso plantar e esperar crescer!
    Espero que tudo que aprendeu te ajude e que vc possa se inpirar em mais conteudos de pessoas que deram certo :)

    osenhordoslivrosblog.wordpress.com

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  4. Sair da nossa zona de conforto é difícil, no que diz respeito a leitura o que tem me ajudado MUITO a sair são os projetos que estão rolando no blog: "Lendo o Mundo", "100 melhores livros" e livros indicados por leitores do blog.
    Com relação a vida... digamos que preciso muito trabalhar esse ponto. Me interessei pela leitura, obrigada pela dica 😘

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  5. Oi Isa.
    Zona de conforto não é algo que eu tenha. Gosto demais da diversificação de leitura do que necessariamente de me fixar com tipos específicos.
    Fiquei bem feliz com a proposta desse livro. Parece ser o tipo que eu gostaria de ler por trazer grandes ensinamentos.
    Adorei a resenha.
    Beijos.
    Fantástica Ficção

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  6. Oi,tudo bem ?

    Primeiramente parabéns pela resenha sincera, muitos que não estão acostumado com esse tipo de leitura sentem dificuldade e é bom deixar claro. Gostei bastante da proposta da leitura e acho que a autoconfiança deve sim ser mais debatida, além de fazer a diferença na vida de cada pessoa. Com toda certeza está é uma boa indicação.

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  7. Olá!

    Acho que tudo que nos tira da zona de conforto, nos faz repensar. Gosto do tema de autoconfiança, estamos vivendo num tempo muito inseguro e muito ansioso, é preciso exercitar o autoconhecimento.

    Beijos,
    Blog Diversamente

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