quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O que aprendemos na vida? Um papo sobre livros, canções e idade

Oi, gente! Tudo bem?

Sei que tô sumidinha mais uma vez, mas a vida é assim, às vezes precisamos de uns intervalos. O importante é que depois de um "respiro", voltamos sempre com novas visões sobre o mundo e cá estou eu para refletir sobre mais um assunto com vocês. Vamos conversar sobre livros, canções e idade?

Fig. 1 Livro físico "Cem: o que aprendemos na vida" e e-book "Herdeiras do mar".

Recentemente li o livro "Cem: o que aprendemos na vida" (autora Heike Faller, ilustração Valerio Vidali) e ele me deixou bem reflexiva sobre algumas questões, a mais central sendo a idade. Idade, amadurecimento, aprendizados da vida. O que a gente tira daqui? O que a gente deixa? Como viver da forma mais natural possível? Qual o papel da família? Como estar mais presente?

Fig. 2 Ilustração do livro "Cem" na pág. da idade 34 com
o aprendizado: "Agora você é adulto."

Comecei a me incomodar com as rugas que estão surgindo no meu rosto. Acho que é porque não me sinto madura o suficiente para sustentá-las. Não é que eu não as queira. Nunca me importei com essas histórias de rejuvenescimento, produtos para disfarçar a idade, nunca vi motivo para usá-los. Quero mais é viver e deixar ser como tem que ser. Mas às vezes esse sentimento foge do nosso controle (ou depois de determinado momento?) e caímos naquela "pressãozinha" da sociedade, né? Etarismo. Descobri essa palavra há pouco tempo, vale a pesquisa.

Uma passagem da minha leitura atual, "Herdeiras do Mar" (autora Mary Lynn Bracht; leitura do mês do @clubedolivro_entrelinhas), também me deixou pensativa quanto a isso:

"Hana evoca seu rosto jovial. Ele faleceu aos dezenove anos. Parecia tão mais velho que ela, uma menina de doze anos. Ela o via como um adulto, porque era muito mais alto do que ela e tinha uma voz grave. Agora ela entende que ele era jovem demais para morrer." 8% cap. 3


Como a nossa percepção de juventude x velhice muda com o tempo! Quando somos crianças, todo mundo maior que a gente é adulto. Meu pai faleceu aos 40 e eu achava que ele era velho. Hoje praticamente me faltam 5 anos para chegar na idade em que ele chegou e vejo o quanto ele era novo para ter passado por tudo que passou. A vida é um negócio muito louco!

Fig. 3 Ilustração do livro "Cem" na pág. da idade 35
com o aprendizado: "Ou não."

A percepção de cada um é única, mas passamos todos por fases distintas também. É muito interessante notar como nossas visões de mundo vão mudando, como vamos crescendo e amadurecendo, e como esse processo não acaba até que a vida se vá, de fato. Foi isso o que o livro "Cem" trouxe de forma tão bonita e bem ilustrada (e que me deixou o mês inteiro pensativa).

Esse é um assunto que parece não ter fim, se deixar fico eternamente refletindo sobre vida, idade, aprendizados... Principalmente nesse mês em que faço mais um aninho de vida (a quem interessar possa, 26/02). Ô, momentinho difícil! Para mim sempre foi tempo de muita reflexão. Em ano de pandemia tá sendo ainda mais intenso pelas dificuldades extras, mas vamos seguindo.


Queria finalizar com um trechinho de uma música do Emicida que me viciei nos últimos tempos e que também tem um pouco a ver com o tema:

"Vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Não sei, não posso saber
Quem segura o dia de amanhã na mão?
(...)
Queria guardar tudo que amo
Num castelo da minha imaginação
Mas eu vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho para viver?
Eu não sei, eu não posso saber
Mas enquanto houver amor
Eu mudarei o curso da vida"

Me conta aí suas opiniões sobre idade, envelhecimento, aprendizados da vida... O que você aprendeu na vida de mais importante até o momento? Compartilha aí com a gente!

Um comentário:

  1. Acho que uma situação interessante envolvendo idade e aprendizado que permiti que acontecesse em minha vida foi a 'cápsula do tempo', serviço que enviava um e-mail escrito por você para você mesmo após alguns anos. Você poderia registrar para o seu 'eu do futuro' qualquer coisa que você permitisse: medos, insatisfações, cuidados, alegrias, avisos... recados.
    O meu eu do passado me avisou sobre possibilidades de 'dar tudo errado' no campo das amizades e em outros campos que já oscilavam naquela época. E também apontava os campos em que eu poderia dar mais atenção.
    Foi incrível ler tudo aquilo e ter percebido que algumas coisas se mantiveram, outras mudaram, mas ainda era o mesmo eu ali, lendo aquilo tudo, concordando e tomando nota do que ainda não tinha melhorado, mas ciente de que 'fiz o que pude'....

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