terça-feira, 26 de novembro de 2019

Resenha "O ódio que você semeia" e mês da Consciência Negra

Oi, gente! Tudo bem com vocês? 

Andei sumidinha e tenho muita coisa pra compartilhar com vocês, mas hoje eu vim para falar sobre um assunto importante por meio de uma resenha bem bacana! Estamos no mês da Consciência Negra e resolvi trazer a resenha da minha última leitura, "O ódio que você semeia" de Angie Thomas. Também é a leitura do mês do @clubedolivro_entrelinhas.⠀

Fig. 1 "O ódio que você semeia" - Angie Thomas. Lido em 22-11-2019.

EM POUCAS PALAVRAS

Em uma leitura leve sobre um tema pesado, uma protagonista jovem negra luta por justiça em um mundo extremamente racista e cruel.

SOBRE O LIVRO


Esse é um livro voltado para o público jovem adulto que, com uma linguagem simples e fluida, mostra realidades muito cruéis: a de como é ser negro vivendo no gueto, lidando com brigas de gangues, tráfico de drogas e sendo oprimido pela polícia; mas também a de como é estudar numa escola particular “de brancos” e sofrer com o racismo estrutural de gente branca privilegiada que não entende a sua vivência.

Nesse pano de fundo a gente acompanha a vida da Starr, uma adolescente negra que desde muito nova aprende como reagir na frente de policiais para que não seja mal interpretada. Infelizmente ela vê isso acontecer com seu amigo de infância, que é morto por um policial que o considerou suspeito só por ser negro.

A partir daí mergulhamos na trajetória de Starr, sua família e amigos que, ao mesmo tempo que lidam com o luto, buscam por justiça.

OPINIÃO

Apesar da temática amarga, o livro consegue passar uma mensagem forte e muito bonita com o desenvolvimento dos personagens, principalmente com a busca pela identidade e voz da protagonista Starr. É um livro recheado de muita dor e luta, mas que também tem seus momentos leves mostrando as diferentes relações da Starr: com a família, com amigos e com o namorado.⠀ 

Essas relações mesclam os diferentes ambientes em que Starr vive, com isso a história consegue mostrar bem os conflitos internos (e externos) da protagonista; suas limitações por conta de preocupações extras pela sua cor de pele; suas dificuldades lidando com um mesmo problema tanto no gueto, quanto na escola particular. Achei esse um ponto importante da história porque a gente precisa entender que as pessoas são diferentes, vieram de realidades diferentes e possuem problemas bem diferentes também. A tão almejada igualdade deveria estar nas oportunidades e o livro deixa isso muito claro em suas discussões. 

Foi muito bonito ver o desenvolvimento da Starr, de inocente e perdida para uma mentalidade mais afiada e crítica, com posicionamentos que inspiram a todos. O livro é envolvente e bastante intenso. É uma história que traz um alerta, um grito de socorro e uma convocação para a luta, seja você negro ou branco. Leitura mais que recomendada. É necessária!

Veja alguns quotes e reflexões no post que fiz anteriormente no Instagram @taglibraryisa.

E aí, já leram esse livro? Recomendam alguma outra leitura de autores negros? Deixem aí nos comentários!

2 comentários:

  1. Não li o livro mas assisti o filme. Achei o filme muito bom, e imagino como as coisas foram abordadas no livro, que geralmente consegue trazer uma carga emocional maior.

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    1. Realmente, o livro foi mais intenso e a mensagem final achei um tanto diferente. Mas... vida que segue rsr o filme também é bom. xD

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