terça-feira, 10 de outubro de 2017

Outros jeitos de usar a boca, Rupi Kaur, poesia e delicadeza


Fig. 1 Outros jeitos de usar a boca, Rupi Kaur. Lido de 08-10 a 09-10-2017.

Um livro que traz uma “jornada de sobrevivência pela poesia”. Que passa pelo universo feminino. Que passa por momentos. Que mexe com a gente.


A dor.
O amor.
A ruptura.
A cura.

Existe dor, sim, e devemos encará-la. Expôr. Nem que seja pra si mesmo. Reconhecer. Lidar com o que dói leva ao crescimento. E nos faz capaz de amar. Merecedoras do mel. Mel que nem sempre é eterno. Mas o que é eterno? O que deveria ser é o amor por nós mesmas. Força. Precisamos ser fortes. Precisamos nos unir. Nos apoiar. Sororidade. Cura? Ela existe. A cura através do amor. É o que mais importa, afinal. Ainda não consegui me desapegar das vírgulas. Pequenos intervalos. Separar é preciso. Dividir pra conquistar? Categorizar pra unificar. Organizar. Estruturar. Sentimento sim, sem razão não.

Obrigada pelas belas palavras e ilustrações, Rupi (site oficial).

Eu não tenho palavras - a não ser aquelas ali acima - pra conseguir resumir ou transcrever o que eu achei desse livro. As coisas que ele me fez pensar, refletir. Você precisa ver. Ler. Sentir. Afinal, cada um tem sua vivência e com certeza que ele vai te tocar de alguma forma. Vou deixar aqui a sinopse que a contracapa do livro traz e mais abaixo algumas poesias/imagens - separadas de acordo com as categorias do livro - que mais me tocaram (foram muitas, então considere que essa seleção foi bem difícil), acompanhadas de breves comentários/interpretações/análises minhas. Sejam felizes, floresçam, sejam gentis.


Fig. 2 Sinopse da contracapa (Outros jeitos de usar a boca, Rupi Kaur) e marcador de livros que eu vendo sob encomenda.

A dor

Fig. 3 Poesia da categoria "a dor".

A gente ama sim, mas às vezes a gente mistura tantos outros sentimentos ruins junto, que fica estranho. Fica confuso. Fica tóxico. Sentimentos de posse, ciúmes, podem levar a ações que fazem mal ao outro. Às vezes acontece sem a gente perceber. Às vezes a gente percebe, mas acha bonitinho. Normaliza. Acha que é consequência. Mas não é, né? É possível amar sem machucar? Boatos de que sim, rs. Precisamos crescer sempre. E saber reconhecer.

Fig. 4 Poesia da categoria "a dor".

Esse poema me traduziu de uma forma... Sabe quando chegamos a um ponto em que não dá mais pra ser censurada? A gente é como é, às vezes leve, às vezes pesada. As verdades não costumam ser fáceis de engolir. Mas precisam me aceitar inteira. Não sou feita de partes, apesar de ser composta por uma infinidade de ideias e sentimentos.

O amor

Fig. 5 Poesias da categoria "o amor".

Muito além das aparências. Sapiossexualidade. Inteligência é afrodisíaco. Ultrapassar barreiras, ir mais fundo. Tocar o pensamento. Isso é tão importante pra mim. Saber ver além. E mais que isso, se amar antes de tudo (clichês são clichês por um motivo)

A ruptura

Fig. 6 Poesia da categoria "a ruptura".




Vrááá! Que analogia. Esse poema eu parei pra ler umas 3x, de tão impactante que achei.

"aqui não tem luz de neon
nem arranha-céu ou estátua
mas não vai faltar trovoada
porque eu deixo as pontes trêmulas"

"eu te queimaria e mesmo assim
você não tiraria os olhos de mim"

Empoderamento puro. Dessas coisas que a gente precisa ler, ouvir, lembrar. A gente não precisa ser a rainha da Inglaterra pra ser importante. Não precisamos ser padrãozinho, usar maquiagem, se entupir de enfeites pra sermos essenciais. Pra sermos quem somos. (Não precisamos, mas podemos, se quisermos). "E eu vou jogar bem na sua cara."

Fig. 7 Poesia da categoria "a ruptura".

Não adianta ele te tratar bem, se ele trata mal outras mulheres. Sororidade. Ele não é doce, miga. Cilada.

A cura

Fig. 8 Poesia da categoria "a cura".

Nos resta florescer. Flor e ser. <3

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