terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Bate papo sobre expectativas de ano novo, ansiedade, perdas e ganhos, void atemporal e mais

Oi, gente! Tudo bem?

Por aqui não tá tanto. To no meio de uma crise de ansiedade e tá difícil respirar, por isso resolvi parar para conversar um pouquinho com vocês (inspirada no post reflexivo da Jessie, mas não necessariamente sobre o mesmo assunto).

Já comentei aqui que essa coisa de fim de ano suga muito a gente e faz com que nos cobramos demais às vezes, né? Mas e o começo do ano? Será que a gente não cria expectativas demais com as nossas metas, as novas (velhas) tarefas, as coisas que queríamos estar fazendo e que acabamos não conseguindo? Não sei vocês, mas eu sim.

Estava aqui sem forças para postar algum conteúdo "maior", digamos assim. A primeira resenha do ano, o cronograma da sequência do #ProjetoTerraMedia que eu quero muito continuar mês que vem para aproveitar as férias da maioria, um post sobre a TAG - Experiências Literárias para que vocês conheçam os links de assinatura para ajudar o blog. Muitas expectativas, muitas pendências e nenhuma força para viver.

Hoje já é dia 15, metade do mês já foi e eu ainda não consegui finalizar nenhuma leitura. Isso também é algo que tá me angustiando. Tentei participar da #MLVAllStar e da leitura conjunta do @3oclockreadingclub, mas não consegui participar de nenhuma discussão ainda, e já foram duas semanas. Sinto o cheiro de flop e o medo aproveita para se alojar e dar boas vindas a ele.

O "problema" é que o meu foco desde o final do ano estava sendo outro: trabalho. E eu sabia que seria assim até janeiro, só que por imaginar que poderia conseguir ler um pouquinho nos intervalos, estou aqui me frustrando. Hoje eu sentei e fiz novas metas pessoais, talvez isso tenha ajudado a me abalar um pouco mais, porque vi o tanto de coisas que eu realmente queria para esse ano e como tudo parece difícil. Mas talvez seja difícil porque eu (sem querer querendo) comecei a ver tudo de uma vez de novo, ao invés de focar nos "baby steps" mais seguros. Mas é que parece que eu to há tanto tempo nesses "baby steps"... que por um momento me senti paralisada. E paralisei. Enquanto outras pessoas parecem estar vivendo grandes coisas novas (mais uma vez o problema de se comparar com os outros). Será que eu to perdendo oportunidades? Por que eu sempre me preocupo com o que to perdendo ao invés de focar no que eu estou ganhando?

Coisas que estou ganhando:

  • Experiência com mais um trabalho de transcrição de áudio/vídeo (além de um dinheirinho, rs);
  • Experiência com criação de cadernos com novas referências;
  • Experiência com organização de um bullet journal;
  • Motivação para cumprir tarefas;
  • Despertar de um novo tipo de criatividade com layout das páginas do bujo.

Tá. Existem algumas coisas aí. Eu posso não estar lendo no momento, mas estou fazendo outras coisas e criando coisas novas. Coisas que talvez tenham um novo potencial e que precisam ser trabalhadas também. Então é melhor eu tentar respirar fundo e voltar ao "um passo de cada vez". Certo?

Eu to vivendo dias em que eu queria dar pausa no mundo e viver num void atemporal (o void da Janet de The Good Place com acesso a tudo e todas as respostas seria o ideal. Ou a TARDIS, sempre). Queria uma fenda entre 2018 e 2019 para me esconder um pouco. Deve ser férias o nome que os humanos dão a isso, né? Talvez eu precise. Mas como que tira férias da vida? Ai, que confuso!

Ainda não sei bem o que tirar de toda essa linha de pensamento, mas já estou conseguindo respirar um pouco. Então, obrigada, blog. E se tiver alguém aí lendo isso, desculpa pela bagunça e não desiste de mim. Até o fim dessa semana sai algum conteúdo útil aqui!

Enquanto isso, vocês também podem acompanhar os últimos posts de bate papo que fiz para o @desafiofotolatras lá no meu Instagram:
11. Summer blues: sobre atrasos nas leituras e cadernos artesanais;
13. Refrescante: sobre mais atrasos nas leituras, bullet journal e refrescâncias.
Por enquanto é isso, gente! Me contem aí como é que vocês estão!

P.S.: Se alguém tiver alguma dica de vida para me dar, to aceitando. Também aceito quotes inspiradores, músicas alto astral, abraços e chocolates (e um emprego fixo).

10 comentários:

  1. Eu já me senti assim algumas vezes e pareceu o fim do mundo. Respira fundo e tenta recomeçar, não pensando no tempo que já passou.
    Vai dar tudo certo!

    bjs

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    1. Obrigada pelas palavras! A crise pior já passou, mas vira e mexe eu fico meio assim de novo, é um sentimento estranho que vai e vem, rs. Mas isso de não pensar no tempo que já passou é uma boa. Vou tentar!

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  2. Ei! Sei como isso é complicado tenho problemas com ansiedade desde pequena e preciso constantemente me consultar ou com psicólogo ou com terapeuta. Estou falando isso porque eu sei de verdade o que você está sentindo e como parece um caminho sem fim, mas ele tem fim sim. O fim e início de são os mais complicados porque a gente se cobra por resoluções e metas, isso é normal. Você está focando no trabalho e em outros momentos em que deixar os livros de lado é necessário, futuramente isso pode ser incrível para você. Tente não se cobrar tanto, tudo isso passa. :)

    Beijos!

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    1. Muito obrigada pelas palavras! Eu tenho feito terapia há uns 3 anos já e realmente ajuda. Mas tem horas que a crise diz oi de novo, né? rs A gente nunca tá totalmente livre da ansiedade, mas aos poucos vamos aprendendo a lidar. Obrigada pelo comentário. =)

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  3. Hey, Isa,
    Caramba! Acredito que todos nós, essa nossa geração, anda muito sobrecarregada nos últimos anos. Recentemente li que somos a geração mais ambiciosa (e multitarefa) que já existiu, e acho que isso explica um pouco sobre essas nossas cobranças diárias. Fim e inicio de ano é para ser um período de férias e descanso, mas sinceramente é um dos períodos que parece deixar a galera mais cansada (todo mundo pensando no que não fez e no que deve fazer/ a expectativa e a frustração).

    E eu leio o teu texto e eu super entendo essa nóia de olhar para o bolo pronto da mesa ao lado e comparar com a nossa massa ainda sendo batida na batedeira. Mas eu realmente não sei como expressar o que gostaria de te dizer. Porém, gostaria de pedir que não se cobrasse tanto com as leituras. :( Por outro lado também compreendo que para nós que escrevemos conteúdo para um blog é difícil não se importar e não se cobrar.

    Mas sinceramente, não acho que nos cobrar a ler quatro livros ou mesmo um, durante o mês é pário para nossa saúde mental que está sendo abalada quando tais expectativas não são correspondidas. :(

    Particularmente, eu não quis pegar no meu pé para ler agora em Janeiro (e sei que isso deixa o blog escasso em resenhas), mas iniciei um livro hoje apenas por me interessar com a sinopse. Entendo que preciso produzir, mas tbem entendo que preciso me sentir bem, lembrando-me de que sou um ser humano e não um robô. Ler o que nos atrai já é um bom passo para diminuir o desanimo.

    Queria sentar contigo e tomar uma xícara de chá (pode ser de outra coisa se você quiser) e apenas falar e falar sobre essas questões da vida e das nossas mentes. A ansiedade também pega por aqui (e junto com ela muitas crises existenciais beirando a desistência). Mas desde que você me disse aquilo sobre fazer o que queremos e quem for alcançado é uma consequência, eu tenho me sentido mais norteada.

    Assim como a colega recomendou acima, se você perceber que a coisa tá pegando procure ajuda profissional. Não é vergonha nenhuma, e fazer terapia ou qualquer outra consulta, vai ajudar a lidar com coisas que a nossa mente cria.

    P.S.: Aaah, meu Jesus! Eu também preciso de um emprego!
    P.S.2: Um abraço virtual sendo enviado!
    P.S.3: Posso te enviar alguns links de posts que li por email ou WApp? Talvez você goste ou te ajude a refletir mais.

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    1. Ahhh, moça, caramba! Caiu um cisco no meu olho aqui enquanto eu lia o seu comentário, rsr. Muito obrigada mesmo pelo carinho e por estar presente nesses meus momentos reflexivos quase sempre. Eu sinto que a gente se entende tanto nas nossas conversas e foi ótimo você ter usado uma frase minha contra mim mesma. aspifhasipdshpia Ahhhh, sinto que precisava ouvir isso nesse momento. Obrigada! Queria muito sentar e tomar uma xícara de chá (ou umas cervejas rsr) com você! E pode me mandar os links sim, vou te lembrar disso no whatsapp daqui a pouco. ^^

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  4. Dicas além das mencionadas não tenho, mas creio que o caminho seja esse. Respira, foco, fé e melhoras.

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  5. Planos são isso: planos. Não tem problema eles ficarem no papel se seu cotidiano mudou. Importante você ter percebido que está ativa e criando coisas novas. Keep it up.

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  6. Ai moça, quando tiver assim conversa com nóix! Estamos sempre aí pra vc, no amor e na dor!

    Eu acho que a gente tem que pensar que boa parte dessa bad vibe que vem (e continuará vindo) tem a ver também com esse cenário de instabilidade política, nem tudo é sobre a gente, mas como não podemos arrumar o problema do mundo ficamos tentando arrumar coisas na gente, e às vezes nem temos nada que arrumar, daí acabamos criando problemas que não existem e nos frustrando com coisas pequenas... sei lá.. só uma reflexão porque sinto que eu e muitas outras pessoas também andam na bad.. o bonde tá lotado...
    Mas é isso aí, foca nas coisas boas que vc tem! O projeto do bujo tá incrível e vc com certeza avançou muito em 2018!
    Vamos seguindo em frente e bebendo um chazinho quando bater a ansiedade!

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